sexta-feira, 30 de maio de 2014

Noticias: Clara vai dizer que gosta de Xenônio + Rênio + Cálcio mesmo!


Aos poucos, Clara (Giovanna Antonelli) vai entendendo mais sobre ser sexualmente diferenciada e o que gostar de Xenônio + Rênio + Cálcio (consultem a tabela) significa nos dias de hoje. Então no capítulo de hoje de “Em Clarina”, ela deixa isso claro em uma conversa com Virgílio (Humberto Martins), que finalmente vai saber também que Clara ama a Marina, enquanto a Marina continua sem saber.

Os dois conversam sobre a reação do homem com a maior paciência do mundo todinho ao casamento que ninguém quer saber de Luiza (Bruna Marquezine) com Laerte (Gabriel Braga Nunes).

- Por que não deixam ela viver esse pedido pra levar surra de flauta? Ela quer tanto! E ninguém pode garantir que ela não vai conseguir.

- O problema não é a surra de flauta e sim ela ser enterrada viva. O histórico prova isso.

- O histórico não prova nada! Quem pode garantir que os erros se repetem sempre? Ou quem pode garantir que as pessoas não mudem, sejam sempre iguais, ano após ano? Nesse caso são mais de vinte anos! Se a Helena mudou e está mais chata do que era e ainda parece irmã da nossa mãe e no começo da 3ª fase da novela as pessoas confundiam achando que eu e o Felipe éramos filhos dela, não irmãos e que a minha mãe era irmã dela e a Juliana era a irmã caçula, deixando o cérebro de todo mundo bugado quando descobriam o real parentensco, se você mudou e está mais bobão do que já era e tem essa cicatriz que anda mais do que carteiro, porque o Laerte ficou igual ou piorou? Ele tem aquela cara de psicopata, mas ninguém pode garantir que ao invés de enterrar a Luiza viva, ele aprendeu com seus erros, e vai enterrá-la morta para a alegria geral da nação.

Eles se olham e ela faz um desabafo, porque falar dos seus sentimentos até para a revendedora Jequiti no dia que a revendedora na Natura não passou pode, mas para a Marina não.


- Eu sei o que estou falando, na realidade todos os núcleos da novela, assim como quem assiste a novela sabe. Talvez eu seja a pessoa que mais tenha mudado em toda a nossa família. Desde que eu disse aquele “chegay” no começo da 3º fase da novela, minha vida nunca mais foi a mesma. Todos me olham, muitas vezes, como se eu fosse uma vergonha para a família brasileira. E por que? Por que eu me interessei pela galã da novela. Algumas pessoas me aceitam, leiam-se o fandom Clarina que quer mais que eu exploda a porta do Itatiaia, já subiram tanta tag no twitter me encorajando que eu já pedir até as contas, outras como as moças desconhecidas que parei na praia um tempo atrás quando eu perguntava para as mulheres se elas já tiveram experiência com alguma mulher, me admiram e me invejam. Juliana mandou eu chutar o balde e virou até rainha do fandom Clarina, por que diferente da sua mulher que traiu o movimento na cara dura, ela deu conselhos sensatos, mas sensatez e Clara na mesma frase não combinam. Mas tem muita gente que está pronta para me dar uma surra de flauta, leia-se o Cadu que vive trancando a porta do meu armário de sucupira com cadeado de chumbo. Cancelou nossa conta da Netflix e agora vou ver com a Ju se ela me empresta a dela para que eu possa assistir a segunda temporada que Orange is the new Black que começa logo mais. E tem mais! Ele deu todos os meus Cds na Maria Gadu para o Ivan colocar no aro da bicicleta laranjinha do Itaú dele. Outro dia eu estava lendo os comentários do Gshow, e depois de limpar meus olhos que sangraram tanto com os milhares de erros de português e caps lock, uma mulher falou que uma mulher amar a outra, sexualmente, é pecar contra a natureza humana. Um homem e uma mulher formam um par, mesmo que eles sejam infelizes, mesmo que o homem de uma surra de piano na mulher, eles formam um par e tem que ficar casados para todo o sempre, amém. Duas mulheres ou dois homens formam uma dupla imoral, mesmo que eles se amem, mesmo que eles sejam felizes, mesmo que eles adotem crianças que um casal formado por um homem e uma mulher jamais adotariam. Péssimo exemplo para a juventude. Por que ver cena de sexo pode, ver cena de agressão pode, ver cena de estupro também pode, mas ver um casal de pessoas do mesmo sexo que se amam não pode.

- Mas eu nunca pensei assim, pelo contrário, preferia que a Luiza fosse sexualmente diferenciada do que noiva do Laerte.

- Eu sei. No seu caso qualquer pai e mãe pensaria a mesma coisa, mas se for perguntar em famílias que não tem filhas ingratas que ficam noiva do homem que enterrou o pai vivo, eles vão dizer que aceitam, o filho dos outros, mas se perguntarem se gostaria de ter um filho homossexual, eles fazem logo a cara de família brasileira e falam: “Ah não! Meu filho, não”.



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