quinta-feira, 12 de junho de 2014

Feliz dia dos Não Namorados


Dizem que o amor não são como os filmes de romances e muito menos os contos de fadas. Na realidade muitos não são mesmo, são melhores.

Em filme de romance muitas vezes alguém morre. Aquele típico filme que vai vencer um milhão de prêmios pelo simples fato de uma morte que fez todo mundo se descabelar de chorar no cinema por causa disso. Eu não gosto de pensar em meu grande amor morrendo precocemente, na verdade não gosto de pensar nele morrendo em hipótese alguma, então não quero um amor feito um filme de romance.

Nos contos de fadas tudo é simples. Sabemos que vai ter a bruxa, que ela vai infernizar a vida da princesa, mas no final o príncipe vai resgatá-la e eles serão felizes para sempre. Não tem dúvidas, não tem o trabalho da conquista, não tem ninguém saindo chateado e magoado até que finalmente fiquem juntos. Gosto de contos de fadas sendo contos de fadas, não para ter uma vida feita de um conto de fadas. É chato.


Clara e Marina não são um filme de romance e tampouco um conto de fadas. Elas são uma linda história de amor na realidade em que vivemos, retradas em ficção. Alguns podem achar que com exageros, outros podem achar que com faltas, mas é uma história de amor que conquistou, que deu um novo sentido a palavra amor, que fizeram palavras, gestos e momentos terem um sentido próprio, único e longe do clichê dos filmes de romance e conto de fadas.

Esquecendo o fato de serem pessoas do mesmo sexo, elas são pessoas que amam como qualquer outra pessoa. São pessoas que tem duvidas como qualquer outra pessoa. São pessoas que buscam conquistar a pessoa que elas acreditam ser o grande amor de sua vida como qualquer outra pessoa. São pessoas que buscam a felicidade como qualquer outra pessoa.

Por que amor é amor.

“Por uma questão de sobrevivência eu estou te demitindo do meu coração”.

Mesmo que traga dor.

“A gente combinou de dar um tempo, mas esse tempo não passa.”

Mesmo que traga mais um pouco de dor.

“Eu to te amando, Clara”.

Mesmo que seja não correspondido.

“Acredita em mim. Eu quero... Tanto quanto você. Eu quero.”

Mesmo que traga esperança.

“Vai, mas eu não quero ver você indo embora. Não vou nem olhar pra trás. Não aguento mais ver você indo.”

Mesmo que faça você perder as esperanças.

“Eu amo você”.

Mesmo que seja correspondido.


Mesmo que você tente evitar, tente esquecer tudo que lembre a pessoa, algum dia, quando você estiver terrivelmente chateado, quando o mundo estiver frio, você se sentirá bem só de pensar nela.

Por que amor é amor.

Mesmo que você se perca se entregue completamente e não consiga fazer mais nada a não ser amar a pessoa.

Mesmo que você não queira falar mais nada, só ficar junto da pessoa.

Mesmo que cinco minutos por dia da pessoa seja o suficiente para você.

Mesmo que você não consiga tomar uma decisão por si e repita uma mentira várias vezes querendo que ela se torne verdade.

“Comecei a entender, finalmente, que sou dona da minha própria história. Olha só a responsabilidade! Não posso fugir, não tenho o direito de fazer isso comigo mesma, entende? Chegou a hora de transformar todo o medo em risco. Porque sem amor, nada vale a pena."

Mesmo que a vida tome a decisão para você.


Talvez nem a história de Clara e Marina seja algo para se apegar como uma grande história de amor, mas é uma história que da esperança. Que mesmo que você ache que nunca mais vai encontrar sua felicidade alegre, ela aparece perguntando onde você encontrou tanta beleza, ou talvez ela só peça uma informação, nunca se sabe.

A vida é cheia de surpresas. O amor é cheio de surpresas. E histórias apaixonantes são feitas para que nos de inspiração, nos da esperança, pois ninguém nunca vem a vida sem a outra metade do seu coração.

Ás vezes pode acontecer de você encontrá-la em primeiro momento...

Ás vezes pode acontecer de você encontrá-la no final da vida...

Ás vezes pode acontecer de você encontrá-la, mas pensar que não encontrou...

Mas amor é amor e ele só está esperando com que você vire a esquina.

Feliz dia dos namorados!

Ou no caso de Clarina... Feliz dia dos não namorados.

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